Ailton Batista de Albuquerque, Ana Cláudia Uchoa Araújo, Kássia Lia Costa Fernandes, Michele Lemos de Oliveira Sousa, Paulo Vinícius Leite de Souza, Valéria Peres Asnis. Na época do Brasil Colônia, para proceder com a dominação dos indígenas, a solução mais viável seria educá-los nos moldes europeus, mediante a imposição do ensino, da catequização e da aculturação dos nativos pelos jesuítas. Nesse âmbito, a educação jesuíta no Brasil desabrochou como uma das primeiras grandes tentativas de implantação formal de um sistema de ensino com os educadores utilizando o seu método pedagógico consubstanciado no Ratio Studiorum, implicando nos aspectos sócio-históricos da educação, da cultura e dos desdobramentos do próprio Estado brasileiro. Destarte, o presente artigo tem o objetivo de discorrer sobre a especificidade Ratio Studiorum, atualizando o estado da arte sobre o tema e contribuindo para novas reflexões concernentes ao assunto. Em síntese, infere-se que o ensino jesuíta exerceu um papel decisivo durante os primeiros séculos da formação do Brasil, contribuindo com um método educacional fabuloso para a época. Por fim, as contribuições dos jesuítas provocaram ações irreversíveis sobre as populações nativas ou povos originários, havendo elogios e condenações pelas ideologias alicerçadas em um processo de ensino que reverbera na contemporaneidade do século XXI. Nessas vias analíticas, a educação proposta pelos jesuítas educou os nativos e os filhos dos colonos, preparando-os para o ofício nas terras. Daí, infere-se que o forte impacto da metodologia jesuítica no Brasil atravessou os modus operandi de uma multiplicidade de professores.