Nas instituições escolares, os estímulos da Internet promovem uma dispersão hiperconectada que dificulta a educação inaciana para a fé. Os indivíduos da “sociedade do desempenho” desaprenderam a contemplação. É muito fácil estar “hiperconectado”, porque isso nos exime da reflexão ativa. Han diz: “a hiperatividade é paradoxalmente uma forma extremamente passiva de fazer, que não admite mais nenhuma ação livre. Radica-se numa absolutização unilateral da potência positiva” (HAN, Byung Chul, 2015, p.35). Difícil é contemplar os outros, a si mesmo e, por consequência, aprender. A educação pela fé de Santo Inácio é aquela que busca explorar todas as dimensões do indivíduo, e indivíduos em uma “dispersão hiperconectada” não consequem contemplar os Exercícios Espirituais da pedagogia inaciana, por isso, é preciso um fazer pedagógico que busque desacelar. É preciso que se construa propostas que permitam um reencontro do estudante para com ele mesmo, no sentido de que se perceba que aprender é sobre contemplar a si e ao outro. São necessárias práticas pedagógicas que ajudem a conter a dispersão e estimulem a contemplação. Propõe-se uma estratégia que priorize a atenção no processo de construção do pensamento crítico e reflexivo.