Descripción
Contrariamente aos mercados espirituais que
proliferam nas nossas sociedades globalizadas
(yoga, zen, pseudo-misticismos esotéricos,
mindfulness) e procuram dar resposta aos nossos problemas de modo simples, rápido e eficaz, a espiritualidade cristã recusa qualquer eclipse e forma de sortilégio. Percebo, no entanto, que, na atualidade, a sede de uma verdadeira espiritualidade surge dos contrastes e da vida vertiginosa que levamos. O Papa Francisco insiste, por isso, na aprendizagem do discernimento pela comunidade cristã universal. As suas duas últimas exortações apostólicas salientam este modo de procurar e encontrar a vontade de Deus. A Evangelii
gaudium e o seu uso, por catorze vezes, do
substantivo “discernimento” e do verbo “discernir” balizam a necessária formação no e para o discernimento como signos da tarefa evangelizadora da Igreja. Por seu lado, a Amoris laetitia, com o seu recurso, por trinta e três vezes, ao discernimento e a discernir assinala a importância desta prática espiritual na pastoral familiar e matrimonial. Por
conseguinte, nós, cristãos, somos chamados ao discernimento. Mas que significa discernir? Que métodos ou aspetos ajudam mais ao discernimento?